Entrevista para portal IG: Abdominoplastia transforma publicitário: “Nada adianta se não mudar a cabeça”

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Por William Amorim

O Baiano Fabiano Lacerda conta ao Deles como foi ver seu corpo passar por transformação após ele perder mais de 100 kg com mudanças de hábitos.

Fabiano Lacerda  chegou a pesar cerca de 200 kg. Após uma aposta, ele decidiu que era hora de focar em si e, com exercícios físicos e reeducação alimentar, conseguiu perder mais de 100 kg. O problema é que com o emagrecimento ele ficou com excesso de pele e, após refletir muito sobre o assunto, decidiu optar pela abdominoplastia.

Assim que conseguiu emagrecer, Lacerda não tinha planos de fazer a cirurgia de abdominoplastia, pois acreditava que era muito mais importante lutar por uma vida saudável do que por ficar visualmente bem. “Antes de pensar nas cirurgias, resolvi me sentir seguro e estabilizado nesta minha nova vida para depois pensar nos próximos passos”, afirma.

A força de vontade para perder peso fez ele se tornar uma inspiração para muitas pessoas, tanto que passou a somar seguidores no Instagram. A pergunta que ele mais recebia era por qual motivo não tinha retirado o excesso de pele. “Sempre respondi que acredito e defendo que somente após a pessoa ter seu peso estabilizado ela deve pensar em fazer alguma cirurgia, ou seja, não deve estar mais em processo de emagrecimento”, explica.

Muitas pessoas optam pela abdominoplastia por conta da questão estética, mas Lacerda garante que isso nunca o incomodou. “Acredito que, pelo fato da maior parte da minha vida, eu não estar esteticamente bonito para a maioria das pessoas e por ser homem, isso não me incomodava muito. Inclusive, tinha o costume de dizer que o excesso de pele era como um troféu por tudo o que eu tinha conquistado.”

Apesar da pele ser um símbolo da perda de peso, o excesso atrapalhava em algumas atividades do dia a dia, principalmente os treinos. “Nos dias que eu fazia uma corrida mais distante ou mais intensa, sentia bastante dor, e em alguns momentos gerava assaduras, sobretudo na área da lombar e entre as pernas, devido do efeito o chicoteamento da pele.”

O objetivo de Lacerda é completar a prova Ironman, que é uma modalidade de triathlon de longas distâncias no qual é preciso fazer aproximadamente 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 m de corrida. “O excesso de pele que eu tinha poderia me causar alguma lesão ou até mesmo impedir que eu completasse a prova. Outros fatores que me motivaram a fazer a cirurgia foi o fato dessa pele também atrapalhar na hora do sexo ou quando queria vestir uma roupa mais justa”, relata.

 

Com ou sem Umbigo?

A abdominoplastia em ancora é uma cirurgia feita para remoção de pele e gordura abdominal que deixa uma grande cicatriz na barriga, em formato de “T” invertido. Em que o corte é feito na horizontal, perto da virilha, mas também é feito na vertical.  O corte vertical passaria bem por cima do umbigo. Sabendo disso, o baiano resolveu pesquisar sobre a necessidade de ter um umbigo no corpo.

“Foi algo conflituoso porque eu não tinha convicção dentro de mim sobre o que eu queria fazer. A segunda coisa é que o umbigo é apenas uma cicatriz resultante da queda natural do cordão umbilical ao nascermos. Aprendi com minha cirurgiã, Ivonelia Neiva, que o nosso umbigo não possui nenhuma ligação com os órgãos, e também não tem nenhuma função fisiológica”, diz Lacerda.

Mesmo sem uma função, o umbigo é algo que acaba gerando uma harmonia estética, já que todos estão acostumados a ver a barriga das pessoas com um umbigo. Fora isso, o publicitário descobriu que essa é uma área erógena, sobretudo para as mulheres, ou seja, pode causar excitação sexual.

Como o foco de Lacerda não era melhorar a parte estética, e como isso também não ia afetar os pontos erógenos do corpo dele, o baiano percebeu que esse buraquinho na barriga não iria fazer muita diferença, então resolveu ficar desumbigado¹.

“Depois que emagreci, comecei a perceber que era possível se ressignificar, dar um novo sentido para algumas áreas da vida. Não estou falando apenas do corpo, mas também da parte sentimental, profissional, emocional e por aí vai. Então, antes de tomar a decisão final, fui procurar aconselhamento médico. Quando eu percebi que o umbigo não tinha função para mim, vi a oportunidade de mudar uma marca de nascença por uma cicatriz de uma nova vida.”

“Outro fator que acabou sendo decisivo na minha escolha de ficar sem o umbigo foi o fato de que, nos dias atuais, nós olhamos muito para nós mesmos e nos esquecemos de olhar para o próximo.”

Ao se lembrar da expressão “olhar para o próprio umbigo”, o baiano percebeu que poderia passar uma mensagem ao optar por ficar apenas com a cicatriz da cirurgia, a de que é possível mudar de vida e atingir os próprios objetivos sem deixar de olhar para o próximo.

“Além de mudar fisicamente, também precisei mudar mentalmente. O aspecto mental é importante porque nada disso adianta se não mudar a cabeça, quem não liga para a saúde volta a engordar”, aponta.

 

Como foi fazer a abdominoplastia

Antes de fazer a cirurgia, Lacerda pesquisou na internet para ver imagens de como era tirar o excesso de pele e, sempre que via, ficava com uma sensação estranha. Após passar pela abdominoplastia, ele viu a pele que foi retirada e ficou bastante abismado, tanto que ele conta que só conseguia pensar que aquilo tudo tinha saído dele.

“Foram exatamente 2,22kg. Um valor baixo para a média de quem faz esse tipo de operação, e havia pouca gordura entre o excesso de pele. Entendo que essa é uma coisa boa, pois indica que estava bem saudável. Depois que passou a sensação de estranheza, comecei a querer mostrar a pele que retirei para os amigos e para os meus seguidores nas redes sociais.”

Várias pessoas, assim como Lacerda, acharam estranho ver a pele que foi retirada, já outras acharam interessante. “O Instagram restringiu a imagem, alegando que era um conteúdo delicado, contudo é possível vê-la ao clicar. Como normalmente gosto de levar as coisas no bom humor, comecei a comparar o excesso de pele retirado com uma arraia marinha ou uma esfira de carne”, diz aos risos.

 

Recuperação da abdominoplastia

O publicitário ainda está se recuperando da operação, mas fala que tem melhorado de forma rápida e que não sentiu dor nem mesmo logo após a cirurgia. “Muita gente me pergunta se dói muito, e como é essa dor. Acredito que a dor varia de pessoa para pessoa. Como eu disse, no meu caso, não senti dor. Apesar de ter enfrentado grandes incômodos, não foi uma dor interminável nem insuportável como alguns costumam relatar.”

Para o baiano, o condicionamento físico que possui e as dores que sentiu durante o processo de emagrecimento são fatores que o prepararam para esse pós-operatório.  “A maioria das pessoas que realizam esse tipo de cirurgia costumam fazer lipoaspiração antes, o que potencializa a dor. Como eu não realizei esse procedimento e fiz somente a abdominoplastia, acredito que ajudou a não ter uma dor insuportável”, supõe.

O publicitário ainda está se recuperando da operação, mas fala que tem melhorado de forma rápida e que não sentiu dor nem mesmo logo após a cirurgia. “Muita gente me pergunta se dói muito, e como é essa dor. Acredito que a dor varia de pessoa para pessoa. Como eu disse, no meu caso, não senti dor. Apesar de ter enfrentado grandes incômodos, não foi uma dor interminável nem insuportável como alguns costumam relatar.”

Para o baiano, o condicionamento físico que possui e as dores que sentiu durante o processo de emagrecimento são fatores que o prepararam para esse pós-operatório.  “A maioria das pessoas que realizam esse tipo de cirurgia costumam fazer lipoaspiração antes, o que potencializa a dor. Como eu não realizei esse procedimento e fiz somente a abdominoplastia, acredito que ajudou a não ter uma dor insuportável”, supõe.

 

Autoestima e a visão do corpo após a abdominoplastia

Após toda essa transformação, Lacerda garante que está se sentindo extremamente bem consigo mesmo. “Não me arrependo do fato de querer fazer a abdominoplastia, nem de ter ficado ‘desumbigado’, como diz a minha mãe. A minha autoestima ficou muito boa depois que emagreci. Mas digo que é importante ter, durante todo esse processo de mudança de vida, um acompanhamento psicológico. Isso é fundamental! Tanto no emagrecimento, quanto na retira do excesso de pele.”

No começo, ele achava que um acompanhamento psicológico não era necessário e não procurou por um, mas hoje percebe que pensar dessa forma foi um erro e aconselha a todos que estão no processo de emagrecimento fazer terapia. “Atualmente, estou tendo que correr atrás do prejuízo. Apesar da cirurgia não ter mexido na minha autoestima, ela mexeu em outras áreas, como a de entender que preciso de ajuda.”

Quando o baiano percebeu que o auxilio de outras pessoas e também de profissionais é fundamental, ele ficou muito abalado. “Tinha uma ideia de que conseguiria passar por tudo isso sozinho, mas percebi que ia precisar, e ainda preciso, da ajuda de muitas pessoas”, desabafa.

Lacerda fez apenas uma abdominoplastia, mas ainda irá realizar mais duas cirurgias de retirada de excesso de pele. “uma delas entre as pernas e a outra nas costas, por isso, acabo vendo que meu corpo ainda em processo de transformação. Mas me sinto satisfeito até aqui, tanto fisicamente quanto mentalmente”.

¹  Desumbigado é uma palavra criada pela mãe de Fabiano Lacerda para expressa o ato de ficar sem umbigo. Depois de uma vasta pesquisa na internet, ele não encontrou outra pessoa que optou ficar sem umbigo por livre e espontânea vontade.
Fonte: Deles – iG
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Fabiano Lacerda

Sou um baiano de raiz, com sorriso estampado, e feliz. Esta frase não é minha, mas resume bem a minha vida. Além disso, sou filho de nordestinos, palestrante, coach de vida e publicitário.

1 comentário

  1. Isaias em agosto 28, 2018 às 4:26 pm

    Poisé….
    A mudança primeiro tem que ser na cabeça.
    O resto acompanha depois.

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